Evento contará com programação
gratuita de teatro, música, literatura e cinema destinada ao público adulto e
infantil; audiência e aula pública sobre memória e uso da Fábrica de Cimento de
Perus; lançamento do livro “Queixadas – por trás dos 7 anos de greve”; o Bloco
Afro Ilú Obá de Min faz encerramento no sábado e muito mais!
Espetáculos teatrais para todas as idades e gostos, shows, sarau, cinema,
dança, mosaico, debates e variadas oficinas. A edição 2015 do Ato Artístico Coletivo Cimento Perus traz
uma semana inteira de atividades culturais e pedagógicas gratuitas em diversos
pontos do bairro de Perus (região noroeste de São Paulo), de 24 a 29 de agosto.
Organizado pelo Grupo Pandora de
Teatro em parceria com o Movimento pela Reapropriação da Fábrica de Cimento de
Perus e o CEU Perus, a semana faz parte de uma série de eventos que, desde 2012,
vêm promovendo o debate em torno do uso público e transformação da abandonada
indústria de cimento em aparelho cultural para a comunidade. “O evento tem como
objetivo reconhecer os espaços públicos e os coletivos culturais independentes
já existentes no bairro e ressaltar a importância da revitalização da fábrica
como um espaço para a comunidade, resgate da história e produção da cultura
local”, aponta Lucas Vitorino, diretor do Grupo Pandora de Teatro.
Neste ano, o evento coincide também com o 12º aniversário do Centro Educacional Unificado (CEU) Perus, que será palco de várias das atividades, assim como a Biblioteca Municipal Padre José de Anchieta, Praça Inácio Dias e a sede do Grupo Pandora.
Para continuar o processo de fortalecimento da história e memória local, o evento traz nesta edição três dias do debate “Memória e Resistência”, os encontros contarão com presença de importantes militantes do bairro como o Seu Tião, ex-operário e sindicalista Queixada (como eram chamados os trabalhadores) que participou da greve de 7 anos da Fábrica de Cimento, o José Queiroz, educador, agente cultural e integrante da Comunidade Cultural Quilombaque, e Mario Bortotto, vereador, morador do bairro e militante cultural. Os debates acontecerão nos dias 24, 26 e 28 de Agosto, sempre às 10h na Biblioteca Municipal Padre José Anchieta.
Além desta ação, no sábado 29/8 às 9h30 ocorre “Audiência Pública da Câmara Municipal” de São Paulo para tratar da revisão da Lei de Zoneamento do município, com especial interesse ao território da Fábrica de Cimento Portland Perus, no Teatro do CEU Perus. Ainda no sábado às 15h, o Movimento pela Reapropriação da Fábrica de Cimento realiza aula pública na Praça Inácio Dias.
Teatro Infantil
Com uma programação recheada de espetáculos teatrais, o público infantil contará com peças do Grupo Sobrevento que apresenta “A cortina da babá” no dia 24/08 e “O Anjo e a Princesa”no dia 25/08 sempre às 15h no Teatro CEU Perus; do coletivo Buzum!, grupo de teatro ambulante que realiza apresentações no CEU Perus nos dia 25/8 e 26/08 sempre às 10h20 e às 15h20; da Cia Arthur Arnaldo que traz o espetáculo “Os pés murchos x Os cabeças de bagre” na quinta-feira 27/08 às 15h; além do Buraco D’ Oráculo que apresenta o espetáculo de rua “O Cuscuz Fedegoso” no dia 28/08 às 15h, na Praça Inácio Dias.
Teatro Adulto
O público adolescente e adulto também terão programação garantida. Na segunda-feira, 24/8, o Grupo Pandora de Teatro traz o espetáculo “Jesus-Homem”, adaptação da obra de Plínio Marcos, no Teatro CEU Perus. Na terça-feira, 25/8, às 9h, acontece a oficina “Poéticas do Absurdo” na sede do Grupo Pandora, que se repete também na quinta-feira, 27 de agosto, em mesmo horário.
No 3º dia do evento 26/8 quarta-feira, às 15h o Grupo Pandora realiza a mostra do processo teatral “Ricardo III está cancelada”, na sede do grupo. Ainda no dia 26 de agosto, às 20h, no teatro CEU Perus, a Cia. Livre apresenta a peça “Maria que virou João ou a Força da Imaginação”, que faz uma discussão da temática de gênero. Na sexta-feira, 28/8, o grupo Tapa apresenta "As Viúvas" no Teatro CEU Perus.
Artes plásticas
Na quinta-feira, 27/8, acontece ateliê aberto “Artes Integradas", com Waldiael Braz no CEU Perus, às 15h e no sábado, 29/8, a Casa das Crioulas realiza intervenção de Mosaico na Praça Inácio Dias, a partir das 10h.
Dança e Música
Na terça-feira, 25/8, a Orquestra Filarmônica melhoramentos Caieiras e o cantor Charlis Abraão apresentam “Raul sem Conserto”, que traz a vida do cantor Raul Seixas como pano de fundo. Na quinta-feira, 27/8, grupos do Projeto Vocacional realizam uma Mostra de Dança no CEU Perus, às 19h. No sábado, a programação estará repleta de dança e músicas em variados estilos: às 15h, Hip Hop Naação se apresenta no Teatro CEU Perus; às 16h, os tambores da Comunidade cultural Quilombaque fazem apresentação na Praça Inácio Dias e às 19h, o Bloco Afro Ilu Obá de Min encerra o Ato Artístico Coletivo Cimento Perus com apresentação do espetáculo “Carolina Maria de Jesus – Sagrado coração da Favela”.
Cinema
Na quinta-feira, 27/8, às 20h, o Pandora realiza o CinePandora “Produção Audiovisual e Políticas Públicas” com exibição da animação “O Fim é o Começo”, do longa-metragem “Um Salve Doutor” e do documentário “Periferia é o Centro – 10 anos do VAI” e participação do cineasta Rodrigo Campos, na Sede Grupo Pandora.
Literatura e lançamento do livro “Queixadas – por trás dos 7 anos de greve”
Na sexta-feira, 28/8, acontece a roda de contação de história “O mundo no Black Power de Taió”, às 10h na Biblioteca do CEU Perus e no mesmo dia, às 20h, lançamento do livro “Queixadas – por trás dos sete anos de greve”, escrito pelas jornalistas Larissa Gould e Jéssica Moreira, que contam a história da greve da Fábrica de Cimento de Perus que perdurou 7 anos em plena ditadura militar. As autoras entrevistaram ex-operários, moradores, filhos, viúvas e netos dos sindicalistas conhecidos como Queixadas.
PROGRAMAÇÃO COMPLETA
1º Dia – 24 de agosto (segunda-feira)
10h – DEBATE “Memória e Resistência” / Biblioteca Padre José de Anchieta / Livre
10h – DEBATE “Memória e Resistência” / Biblioteca Padre José de Anchieta / Livre
15h – TEATRO “A cortina da babá” com Grupo Sobrevento / Teatro CEU Perus / Livre
20h – TEATRO "Jesus-Homem” com Grupo Pandora de Teatro/ Teatro CEU Perus / 14 anos
2º Dia – 25 de agosto (terça-feira)
09h – OFICINA de teatro “Poéticas do Absurdo” / Sede Grupo Pandora / 14 anos
09h – OFICINA de teatro “Poéticas do Absurdo” / Sede Grupo Pandora / 14 anos
10h20 – TEATRO “BuZum!” teatro de bonecos ambulante / CEU Perus / Livre
15h – TEATRO “O anjo e a princesa” com Grupo Sobrevento/ Teatro CEU Perus / Livre
15h20 – TEATRO “BuZum!” teatro de bonecos ambulante / CEU Perus / Livre
20h – MÚSICA “Raul Sem Conserto” com Orquestra Filarmônica Melhoramentos Caieiras e Charlis Abraão / Teatro CEU Perus / 14 anos
3º Dia – 26 de agosto (quarta-feira)
10h – DEBATE “Memória e Resistência” / Biblioteca Padre José de Anchieta / Livre
10h – DEBATE “Memória e Resistência” / Biblioteca Padre José de Anchieta / Livre
10h20 – TEATRO “BuZum!” teatro de bonecos ambulante / CEU Perus / Livre
15h – TEATRO Mostra de Processo: “Ricardo III está cancelada” / Sede Grupo Pandora / 14 anos
15h20 – TEATRO “BuZum!” teatro de bonecos ambulante / CEU Perus / Livre
20h – TEATRO “Maria que Virou Jonas ou A Força da Imaginação” com Cia. Livre / Teatro CEU Perus / 14 anos
4º Dia – 27 de agosto (quinta-feira)
9h – OFICINA de teatro “Poéticas do Absurdo” / Sede Grupo Pandora / 14 anos
9h – OFICINA de teatro “Poéticas do Absurdo” / Sede Grupo Pandora / 14 anos
15h – TEATRO “Os pés murchos x Os cabeças de bagre” com Cia.Arthur Arnaldo / Teatro CEU Perus / Livre
19h – DANÇA Mostra de Dança / CEU Perus / Livre
20h – CINEMA CinePandora: “Produção Audiovisual e políticas públicas” (com exibição de: “O Fim é o Começo”, “Um Salve Doutor” e do “Periferia é o Centro – 10 anos do VAI” seguido de debate com Rodrigo Campos) / Sede Grupo Pandora / 14 anos
5º Dia – 28 de agosto (sexta-feira)
10h – LITERATURA Contação de história: “O mundo no Black Power de Taió” / Biblioteca do CEU Perus / Livre
15h – OFICINA Ateliê aberto “Artes Integradas” com Waldiael Braz / CEU Perus / Livre
15h – TEATRO“O cuscuz fedegoso” com Buraco D’ Oráculo / Praça. Inácio Dias / Livre
19h – TEATRO “As Viúvas” com Grupo Tapa / Teatro CEU Perus / 14 anos
20h – LITERATURA“Sarau D’ Quilo” da Comunidade Cultural Quilombaque com o lançamento do livro “Queixadas – por trás dos 7 anos de Greve”, de Larissa Gould e Jéssica Moreira.
6º Dia – 29 de agosto (sábado)
9h30 – DEBATE “Audiência pública da Câmara Municipal - Lei de Zoneamento" / Teatro CEU Perus / Livre
9h30 – DEBATE “Audiência pública da Câmara Municipal - Lei de Zoneamento" / Teatro CEU Perus / Livre
10h – INTERVENÇÃO "Mosaico" com a Casa das Criolas / Praça Inácio Dias / Livre
14h – INTERVENÇÃO com Coletivo Bagaceira / Praça Inácio Dias / Livre
15h – MÚSICA Hip Hop Naacão / Teatro CEU Perus / 14 anos
15h – OFICINA - Aula aberta com o Movimento pela Reapropriação da Fábrica de Cimento de Perus / Praça Inácio Dias / Livre
16h – MÚSICA Tambores da Comunidade Cultural Quilombaque / Praça Inácio Dias / Livre
19h – MÚSICA/DANÇA “Carolina Maria de Jesus – Sagrado coração da favela” com BLOCO AFRO ILU OBÁ DE MIN / Praça Inácio Dias / Livre
Importância histórica da Fábrica de Cimento de Perus
Criada em 1926, a Companhia de Cimento Portland Perus foi a primeira indústria cimenteira de grande porte do Brasil e principal abastecedora da matéria-prima até a década de 30. Das cerca de 500 mil toneladas produzidas no país no período, pelo menos 125 mil vinham de Perus. Foi palco também da greve de sete anos, realizada pelos sindicalistas denominados Queixadas em plena ditadura militar. Ao fim da longa reivindicação, os grevistas receberam os salários atrasados e tiveram ainda o direito de voltar ao trabalho. A indústria foi fechada definitivamente em 1987 e tombada como patrimônio histórico da cidade em 1992. Desde então, o prédio vem sendo deteriorado a cada dia (saiba mais).
Criada em 1926, a Companhia de Cimento Portland Perus foi a primeira indústria cimenteira de grande porte do Brasil e principal abastecedora da matéria-prima até a década de 30. Das cerca de 500 mil toneladas produzidas no país no período, pelo menos 125 mil vinham de Perus. Foi palco também da greve de sete anos, realizada pelos sindicalistas denominados Queixadas em plena ditadura militar. Ao fim da longa reivindicação, os grevistas receberam os salários atrasados e tiveram ainda o direito de voltar ao trabalho. A indústria foi fechada definitivamente em 1987 e tombada como patrimônio histórico da cidade em 1992. Desde então, o prédio vem sendo deteriorado a cada dia (saiba mais).
Sobre o Movimento pela Reapropriação da Fábrica de Cimento de PerusPara a história não ser esquecida, há mais de 30 anos os moradores, ex-operários, viúvas e filhos de Queixadas lutam para transformar o espaço em um Centro de Lazer, Cultura e Memória do Trabalhador. Em 2013, essa causa ganhou novo sentido, com o Movimento pela Reapropriação da Fábrica de Cimento de Perus, que reúne os já ativos militantes e os novos simpatizantes da causa, incorporando nas reivindicações a construção de uma Universidade Livre e Colaborativa e centros de pesquisa para agregar o conhecimento comunitário.
Sobre o Grupo Pandora de Teatro
Fundado em julho de 2004, o Grupo Pandora de Teatro nasceu a partir do Projeto Teatro Vocacional da Secretaria de Cultura do Município de São Paulo no CEU Perus. Com mais de dez anos atuando em Perus, hoje o grupo possui sede própria e é contemplado pela Lei de Fomento ao Teatro para cidade de São Paulo. O grupo já soma a produção de sete espetáculos, formação de núcleos teatrais pelo bairro e a criação de parcerias entre escolas da rede pública e coletivos culturais da região. Também são responsáveis pela organização do Ato Artístico Coletivo Cimento Perus desde 2012.
Fundado em julho de 2004, o Grupo Pandora de Teatro nasceu a partir do Projeto Teatro Vocacional da Secretaria de Cultura do Município de São Paulo no CEU Perus. Com mais de dez anos atuando em Perus, hoje o grupo possui sede própria e é contemplado pela Lei de Fomento ao Teatro para cidade de São Paulo. O grupo já soma a produção de sete espetáculos, formação de núcleos teatrais pelo bairro e a criação de parcerias entre escolas da rede pública e coletivos culturais da região. Também são responsáveis pela organização do Ato Artístico Coletivo Cimento Perus desde 2012.
Imagens de atos realizados em anos anteriores https://movimentofabricaperus.wordpress.com/fotos/eventos-e-mobilizacoes/
Serviço
Ato Artístico Coletivo Cimento Perus – edição 2015
Data: de 24 a 29 de agosto
Locais:
Biblioteca Municipal Padre José de Anchieta, Rua Antônio Maia, 651. Perus
CEU Perus, Rua Bernardo José Lorena, s/n. Perus
Sede do Grupo Pandora de Teatro, Rua Padre Manuel Campello, 180. Perus
Praça Inácio Dias, Perus, em frente a estação de trem de Perus da CPTM Linha 7- Rubi).
Imprensa: falar com Jéssica Moreira, jessicamoreira.mural@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário