19 de fevereiro de 2011

Tecnologia, eu quero uma pra viver.

Num conflito de nuvens cinza avisando que a chuva já vem vindo, com nuvens coloridas pelo sol.
Sei que só observar as formas que as nuvens formam não resolve nada,
Eu não tenho um terno e uma maleta de negócios, nem penso em soluções sobre a bolsa de valores, e acredito que essas coisas não resolvem os buracos na camada de ozônio, nem ressuscita animais em extinção, não segura os morros que caem em cima de cabeças por apenas habitar um lugar onde a natureza quer gritar, gritar que não agüenta mais ser sufocada.
As cores da TV já não me de impressionam mais como quando era criança.
Não quero só as ver as cores dos meus desenhos, eles não saem do papel, nem as da TV.
Me mostre as cores que saem de você!
Por que nós somos um tanto maior que uma flor, e um tanto menos que um prédio.
E sempre que chove ao invés de ouvimos a chuva cair como nos filmes românticos, ouvimos o morro cair, e nos preocupamos se vamos morrer afogados.
Estamos crescendo
Mas parece que não evoluímos mais.
Não rimos mais.
Eu to cansada de ver como somos nitidamente educados desde criança a só consumir enlatados, educados a não saber fazer nada, educados a não ser capaz de plantar e colher, educados a consumir porcarias de propagandas chamativas e brilhantes, de ser bombardeada por mais de 300 comercias me dizendo como devo ser e o que devo consumir e jogar fora, consumir e jogar fora, consumir e jogar fora, consumir e jogar fora, consumir e jogar fora. . . Mesmo que isso cause um choque entre a natureza e a tecnologia, vamos consumir tudo que não precisamos.
A tecnologia que é mais bonita que a lua
A tecnologia que brilha mais que o sol
Que é mais viva que uma arvore
Não que seja errado acreditar no progresso e na tecnologia, mas que pregresso massacrador é esse? Que só visa o consumo pelo consumo, o consumo pelo bolso cheio. É fácil dar a natureza por certa, ela sempre esteve ali, e o homem que esta no topo da cadeia alimentar, que habita a terra a milhões de anos (como os dinossauros), não é assim que desaparecera, não será muita presunção acreditar que nunca entraremos em extinção?
E não há nenhum lugar para ir, por que esse é o único mundo que temos.
Não acredito que as soluções saíram das suas malas de negócios, ou dos nós de suas gravatas que tentam dar nó nas nossas cabeças.
É inútil esperar.
Quem espera só descansa
Quem não se move nunca alcança
Não somos quem somos pelo que falamos, por que as palavras se diluem no ar.

AmandaBalice


Photographer: Robert and Shana Parkeharrison

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